26/07/2019
Magistrados participam de visita técnica ao Complexo Pequeno Príncipe
<<VoltarEvento de caráter preparatório à "9ª Semana Institucional da Magistratura Trabalhista - Revolução 4.0: Direito, Inovação e Tecnologia", foi realizada na manhã desta sexta-feira, 26 de julho, visita técnica ao Complexo Pequeno Príncipe, em Curitiba.
Na oportunidade, os magistrados da Justiça do Trabalho do Paraná foram recepcionados pelo diretor corporativo do Complexo, José Álvaro da Silva Carneiro. No início da visita, o diretor-geral apresentou dados sobre o estabelecimento, que tem as melhores tecnologias à disposição do tratamento infantil, é o maior hospital pediátrico do Brasil, com 1.993 colaboradores e 32 especialidades médicas, 70% da capacidade são destinados ao SUS, é o maior empregador privado de saúde em Curitiba, deu origem a uma faculdade e dispõe de instituto de pesquisa com alta tecnologia.
O Complexo destaca-se pela inovação incremental e radical. Possui laboratório genômico, que é complemento de laboratório de análises clínicas para analisar nexos entre doenças e mutações genéticas. Em futuro próximo, terapias gênicas. O projeto de stewardship de antibióticos do HPP: incremental, o qual efetua o gerenciamento, controle de antimicrobianos dentro do hospital. "Tem um programa focado no farmacêutico clínico, potencial de intervenção deste profissional, especializado em infecção, tendo em vista que a resistência antimicrobiana tem mortes alarmantes e elevado custo", ressaltou José Álvaro.
A inovação tecnológica pode ser conferida, ainda, no centro de simulação realística, com bonecos de última geração que permitem o treinamento de médicos em cirurgias por vídeo. O próximo passo pretendido é laboratório de realidade virtual. De alta relevância, o aparelho MALDI-TOF reduziu tempo de identificação de fungos e bactérias - incremental inovação e evolução diagnóstica - rompe com padrões anteriores. O PEP - painéis de monitoramento - softwares dedicados que geram alertas quando sinais vitais no prontuário eletrônico do paciente são percebidos. O VeinViewer - visualizador de veias mediante leitor infravermelho - evita traumas para a criança no momento da busca por veia. O X9 - software capaz de perceber anomalias no funcionamento das máquinas - envia sinais de alerta para a manutenção. Desenvolvido por engenheiro eletricista do hospital, o robô de telepresença observa o paciente - uma espécie de big brother - gerando melhoria da performance e humanização.
Enaltecido contexto humanitário, o Complexo realiza um papel social de ponta ao olhar para a criança dentro das possibilidades de aprendizado durante o período de internamento. Para tanto, há espaço de capacitação cultural que insere o protagonismo paterno e materno, com estímulos diversos apropriados para a idade e para a formação da criança, inclusive buscando contato com a escola originária para manter a sequência do aprendizado. O conceito de saúde ampliado para além da patologia - educação para a autonomia - oportunizando a construção do conhecimento de forma significativa e prazerosa. Nessa busca do conforto do paciente, o local dispõe de espaço recreativo - a brinquedoteca. Também o cuidado com os pacientes do SUS é exemplo positivo: há entrega de materiais de higiene para os acompanhantes e sala de descanso adaptada às necessidades.
José Álvaro finalizou sua exposição agradecendo a contribuição da Justiça do Trabalho na reversão de valores de ações judiciais ao Complexo Pequeno Príncipe. Lembrou que o apoio da sociedade é fundamental.
Segundo o diretor da Escola Judicial do TRT do Paraná, desembargador Cassio Colombo Filho, "impressionou muito a questão tecnológica e também a organização do Hospital Pequeno Príncipe. Um laboratório genômico, com investimento em microbiologia, inovação incremental, utilização de softwares de monitoramento de sistemas, utilização de um sistema de consultas por telepresença do médico, e até mesmo de intervenções. Tudo isso mostra a força da instituição, sua preocupação com constante melhoria - uma instituição de saúde com tecnologia de ponta".
De acordo com a coordenadora da Escola Judicial, juíza Morgana de Almeida Richa, a visita foi importante vez que "surpreendente e impactante o trabalho desenvolvido pelo Pequeno Príncipe. Conjuga recursos tecnológicos de ponta com um corpo técnico altamente especializado, possível sobretudo pelo amor e dedicação dos seus colaboradores, cujo resultado reflete a humanização da terapêutica infantil".
Para a juíza Valéria Rodrigues Franco da Rocha, titular da 13ª VT de Curitiba, organização, dedicação e competência resumem o Complexo. "A importância é efetiva, pois demonstra na prática, neste caso, inovação e investimentos envolvidos no projeto da instituição", afirmou.
"A visita técnica ao Hospital Pequeno Príncipe foi uma experiência gratificante e importante tanto no aspecto pessoal quanto profissional. Poder conhecer uma instituição hospitalar que é referência nacional no atendimento de pacientes pediátricos e faz da excelência no atendimento uma de suas principais metas, melhora a percepção do magistrado quanto à comunidade na qual se encontra inserido. Ter contato com as inovações tecnológicas no atendimento que o Hospital dispensa aos pacientes e conhecer os protocolos e condutas que visam melhorar os aspectos físicos, emocionais e mentais de todos os envolvidos no tratamento de uma criança incluindo os familiares e também os colaboradores que a atendem, além dela própria, reafirma a esperança de que o coletivo é sempre mais poderoso e traz melhores resultados para a sociedade. Oportunidade única para adquirir novos conhecimentos, mudar paradigmas e se emocionar com um grande trabalho", ressaltou a juíza Vanessa Maria Assis de Rezende.
Veja as fotos da visita no Flickr do TRT-PR.
Fonte: Escola Judicial do TRT-PR
escolajudicial@trt9.jus.br