20/11/2019
Escola Judicial do TRT-PR promove workshop sobre Direito Sistêmico e Constelações
<<VoltarA Escola Judicial do TRT-PR organizou nos dias 7 e 8 de novembro o workshop “Direito Sistêmico e Constelações Familiares". O evento foi coordenado pela magistrada Wanda Lúcia Ramos, do TRT da 18ª Região (Goiás), que possui treinamento na abordagem sistêmico fenomenológica segundo Bert Hellinger.
A constelação é uma metodologia que busca descobrir as dificuldades que estão no subconsciente da pessoa. A aplicação da técnica necessita de aceitação voluntária do participante e preparo do facilitador, não pode ser aplicado sem convite ou preparação especial. Já as leis sistêmicas podem ser utilizadas sem prescrição, pois são válidas para todos relacionamentos, família, trabalho.
As leis sistêmicas foram desenvolvidas pelo missionário, psicanalista e terapeuta alemão Bert Hellinger, que trabalhou como missionário na África, onde teve contato com a tribo dos Zulus. Nesta tribo, a situação do indivíduo influencia o grupo. A partir de observações comportamentais, foram criadas as leis sistêmicas. Sua abordagem trabalha com as famílias, considerando que as interações familiares podem causar problemas no cotidiano. Atualmente, o trabalho vem sendo aplicado também em outros campos, como na saúde, pedagogia, nas organizações e no Judiciário.
A magistrada Wanda define leis sistêmicas como "o pertencimento de todos os membros gerados dentro de uma família. Todos tem igual direito de pertencer, mesmo que tenham feito algo que ameace os outros no sistema. A segunda lei é a da ordem de entrada no sistema, que atua como organizador das relações. A terceira lei é a do equilíbrio, em que nossas relações só fluem positivamente se estivermos em equilíbrio com o outro". Esta última se refere às relações de troca, que só será produtiva quando o empregado trocar o seu serviço por um salário de forma bem ajustada dentro da relação - assim, esta relação tende a perdurar. "Quando um deixa de trabalhar ou outro de pagar, surge o desequilíbrio, o que gera os conflitos trabalhistas".
Na prática, as constelações familiares podem ser utilizadas a partir da percepção do juiz, do mediador, do conciliador, quando verificada a existência dessas leis e o que se discute na sala de audiência. Para a magistrada Wanda, descobrir qual lei foi desrespeitada pode facilitar a solução do conflito. Ela observa ainda que "a aplicação desses princípios sistêmicos resolvem muito mais do que um processo, eles tem repercussão no sistema das pessoas que estão envolvidas, por isso garantem paz social e bem estar. Às vezes não é só uma questão financeira, é também uma questão moral, de reconhecimento - o que não se paga com dinheiro. Existem muitos casos em que a análise do reconhecimento pode propiciar o relaxamento das tensões e as partes conseguem, então, negociar".
Para a servidora Lilian Harumi Kondo, da Vara do Trabalho de Bandeirantes, este tipo de treinamento é muito importante. “Eu já conhecia a constelação antes do curso e acho muito importante a inclusão dessa nova ferramenta para a conciliação. Acredito em novas perspectivas e estou gostando muito do curso”.
O workshop também chamou a atenção da servidora Cassiana Marcondes de Araújo, lotada no gabinete do desembargador Benedito Xavier da Silva. ”Eu acho que é uma técnica que merece atenção, porque vem apresentando resultados significativos em outras áreas do Judiciário. Estou bastante feliz com a iniciativa da Escola Judicia, do Tribunal, em trazer esse curso para aprendermos as metodologias e quebrarmos preconceitos. Acho bem salutar a utilização de novas técnicas na conciliação e acredito que só temos a ganhar enquanto sociedade e judiciário”.
A Resolução 125/2010 do CNJ possibilitou o trabalho com métodos alternativos de resolução de conflitos e com outras disciplinas que não o direito. Assim, além das práticas já conhecidas, surgiu à possibilidade de se utilizar de práticas inominadas, como a constelação familiar.
Veja as fotos no Flickr do TRT-PR.
A constelação é uma metodologia que busca descobrir as dificuldades que estão no subconsciente da pessoa. A aplicação da técnica necessita de aceitação voluntária do participante e preparo do facilitador, não pode ser aplicado sem convite ou preparação especial. Já as leis sistêmicas podem ser utilizadas sem prescrição, pois são válidas para todos relacionamentos, família, trabalho.
As leis sistêmicas foram desenvolvidas pelo missionário, psicanalista e terapeuta alemão Bert Hellinger, que trabalhou como missionário na África, onde teve contato com a tribo dos Zulus. Nesta tribo, a situação do indivíduo influencia o grupo. A partir de observações comportamentais, foram criadas as leis sistêmicas. Sua abordagem trabalha com as famílias, considerando que as interações familiares podem causar problemas no cotidiano. Atualmente, o trabalho vem sendo aplicado também em outros campos, como na saúde, pedagogia, nas organizações e no Judiciário.
A magistrada Wanda define leis sistêmicas como "o pertencimento de todos os membros gerados dentro de uma família. Todos tem igual direito de pertencer, mesmo que tenham feito algo que ameace os outros no sistema. A segunda lei é a da ordem de entrada no sistema, que atua como organizador das relações. A terceira lei é a do equilíbrio, em que nossas relações só fluem positivamente se estivermos em equilíbrio com o outro". Esta última se refere às relações de troca, que só será produtiva quando o empregado trocar o seu serviço por um salário de forma bem ajustada dentro da relação - assim, esta relação tende a perdurar. "Quando um deixa de trabalhar ou outro de pagar, surge o desequilíbrio, o que gera os conflitos trabalhistas".
Na prática, as constelações familiares podem ser utilizadas a partir da percepção do juiz, do mediador, do conciliador, quando verificada a existência dessas leis e o que se discute na sala de audiência. Para a magistrada Wanda, descobrir qual lei foi desrespeitada pode facilitar a solução do conflito. Ela observa ainda que "a aplicação desses princípios sistêmicos resolvem muito mais do que um processo, eles tem repercussão no sistema das pessoas que estão envolvidas, por isso garantem paz social e bem estar. Às vezes não é só uma questão financeira, é também uma questão moral, de reconhecimento - o que não se paga com dinheiro. Existem muitos casos em que a análise do reconhecimento pode propiciar o relaxamento das tensões e as partes conseguem, então, negociar".
Para a servidora Lilian Harumi Kondo, da Vara do Trabalho de Bandeirantes, este tipo de treinamento é muito importante. “Eu já conhecia a constelação antes do curso e acho muito importante a inclusão dessa nova ferramenta para a conciliação. Acredito em novas perspectivas e estou gostando muito do curso”.
O workshop também chamou a atenção da servidora Cassiana Marcondes de Araújo, lotada no gabinete do desembargador Benedito Xavier da Silva. ”Eu acho que é uma técnica que merece atenção, porque vem apresentando resultados significativos em outras áreas do Judiciário. Estou bastante feliz com a iniciativa da Escola Judicia, do Tribunal, em trazer esse curso para aprendermos as metodologias e quebrarmos preconceitos. Acho bem salutar a utilização de novas técnicas na conciliação e acredito que só temos a ganhar enquanto sociedade e judiciário”.
A Resolução 125/2010 do CNJ possibilitou o trabalho com métodos alternativos de resolução de conflitos e com outras disciplinas que não o direito. Assim, além das práticas já conhecidas, surgiu à possibilidade de se utilizar de práticas inominadas, como a constelação familiar.
Veja as fotos no Flickr do TRT-PR.
Assessoria de Comunicação do TRT-PR
(41) 3310-7313
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Última atualização: terça-feira, 3 mar. 2020, 14:38