12/12/2019
Direito e inovação tecnológica foi tema de palestra no TRT-PR
<<VoltarA Escola Judicial organizou na última sexta-feira (6), no auditório do Fórum Trabalhista de Curitiba, a palestra “Direito e inovação tecnológica”, que foi proferida pelo Professor Felipe Chiarello de Souza Pinto. O palestrante é diretor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor titular da Faculdade de Direito e do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito Político e Econômico e Membro da Academia Mackenzista de Letras.
Sobre o impacto da inteligência artificial no direito, o professor afirmou que “a inteligência artificial na área do direito já chegou. Na Suécia se discute utilizar a IA para fazer sentenças, usando computadores para verificar precedentes. Várias cortes americanas trabalham também com esta possibilidade. O Brasil faz os primeiros ensaios em tribunais superiores - no Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, já existem estudos nessa área, pois um ministro recebe 11.000 processos/mês. Então, se você não tiver o apoio da tecnologia vai ser impossível administrar isso”.
O palestrante ressaltou que o Brasil é um dos países mais conectados do mundo, perdendo apenas para EUA, China e Índia. Fez, ainda, uma análise das últimas gerações e sua relação com o trabalho: "Os baby boomers tinham uma concepção de que você tinha que escolher uma carreira e que ela seria sua profissão para o resto da vida; não levavam trabalho para casa; existia uma hierarquia funcional rígida; e, ao longo do tempo, seria promovido. Já a geração X escolheu se preparar, fazer MBAs, mestrados, doutorados, para ultrapassar a questão da evolução no emprego pelo tempo de casa. O objetivo era chegar o mais rápido possível nos conselhos diretivos pela meritocracia. A geração Y só aceita as questões em bases iguais: não aceita a hierarquia; mudam de carreira conforme a intenção de mudança de propósito. Eles têm várias carreiras e mudam muito geograficamente".
O professor expôs que a única saída para administrar esse choque de gerações e a evolução constante da tecnologia é nos adaptarmos e trabalharmos com esses ambientes.
O desembargador Cássio Colombo, diretor da EJ no último biênio, afirmou “foram dois anos de muito trabalho e nós conseguimos atingir os eixos de formação técnico-científica, tecnologia e alteridade. Tenho certeza que demos o melhor para a formação dos magistrados e para a consolidação da Justiça do Trabalho”.
No evento, estava presente também o diretor eleito para a direção da Escola Judicial em 2019-2021, desembargador Arnor Lima Neto. O magistrado expôs que a sua perspectiva de trabalho será a de continuidade para com os projetos já em andamento.
Confira as fotos no Flickr do TRT-PR.
Assessoria de Comunicação
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